A Polícia Militar do Piauí encerrou o III Curso de Operações de Choque da Policia Militar do Piauí – III COPC/2017 – em solenidade de formatura realizada na noite de ontem (19), na sede do Batalhão de Policiamento Rondas Ostensivas de Natureza Especial (BPRONE).
Na ocasião, houve a Brevetação dos 29 concludentes, que perseveraram até o término, aumentando a família choqueana. A solenidade contou com a presença do Comandante Geral da PMPI, Coronel Carlos Augusto, do Secretério de Segurnaça Pública, Capitão Fábio Abreu, e de vários oficiais e praças da PMPI, além dos familiares e amigos dos formandos.
Durante o evento, os Operadores de Choque recém formados fizeram demonstração de Carga de Choque e de outras ações inerentes à unidade. Houve também outros atos simbólicos, como a devolução do “Elmo Espartano” ao Major Newmarcos e a entrega do Anel Choqueano, feita pelo Comandante Geral ao Comandante do Policiamento Especializado, Tenente-Coronel Sousa Filho. Além disso, os formandos enuciaram a Oração das Operações de Choque.
“O Curso iniciou com 80 inscritos. Desses, 56 foram aprovados no teste físico e exame de saúde para iniciar o curso. Foram policiais militares do Piauí, do Maranhão, de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, dois policiais do Paraguai, tivemos agentes penitenciários também do Maranhão, Espírito Santo, Rondônia e do Piauí. Desse total de 56, concluíram o curso 29 agentes de segurança pública. O curso transcorreu em 55 dias, em treinamento rigoroso, onde os alunos foram submetidos a pressões tanto físicas como psicológicas, e colocados em situações que se assemelham à realidade, que é o que eles vão enfrentar no dia a dia na sua atividade. A última etapa do curso são simulações de manifestações, rebeliões em presídios, reintegrações rurais de posse, reintegração de posse urbana, para que o policial ponha em prática todos os seus conhecimentos, competências e habilidades que adquiriram durante o período do curso. Graças a Deus, foi um sucesso, todos passaram, e estão todos alegres”, comentou o Major Cléber Bezerra, Coordenado do III COPC/2017.
A importância dos cursos especializados para a operacionalidade e o treinamento do efetivo

Segundo o Major Newmarcos, Comandante do BPRONE, este é o segundo curso realizado pela unidade neste ano, houve também o I Curso de Operações Rone. “São cursos fundamentais de especialização para as nossas tropas, que lidam com as mais diversas situações, e é importante que nós tenhamos capacitado esses homens e mulheres. É bom enfatizar isto: as mulheres também fazem parte dessa tropa de elite e também estão se destacando”, declarou o Major, que se disse satisfeito e feliz por ter uma tropa pronta tanto para exercer as missões quanto para distribuir os conhecimentos adquiridos aos demais policiais da corporação. “O Batalhão RONE é um Batalhão escola também. Daqui, nós difundimos toda a doutrina de abordagem não só para as tropas especializadas de rua, mas também para todos os policiais da Polícia Militar do Piauí, das Forças Táticas da capital e do interior, o pessoal do trânsito. Enfim, nós especializamos os nossos para, depois, especializarmos as demais unidades. Temos a participação dos nossos instrutores nos cursos de formação de Soldados, Cabos, Sargentos, Subtenentes e Oficiais. Em todos os momentos de instrução, nós temos a presença do Batalhão RONE.”
Para o Comandante Geral, essa é uma etapa importante, por ser um das várias capacitações autorizadas nos últimos dois anos. “Esse encerramento de curso é mais do que uma capacitação ou um conhecimento que nós deixamos para 29 Choqueanos. Esse conhecimento certamente se multiplicará em todas as nossas unidades do estado do Piauí”, completou.
A conquista de fazer parte da Família Choqueana
Dentre os concludentes, destacou-se a Soldado Robercy, lotada no 14° Batalhão, em Oeiras, que demonstrou grande satisfação em ser a única policial mulher a concluir o III COPC/2017, passando a ser a segunda policial militar feminina choqueana do Piauí. “O Curso de Operações de Choque exige muito do operador, que vai atuar nos momentos mais críticos. As pessoas me perguntam ‘Por que você escolheu ser Operações de Choque?’. Eu escolhi porque sou feita de desafios e, dentro da Polícia Militar, existe muito a questão de o homem ser viril. Por isso, uma mulher representando as demais nessa posição é um exemplo de força, de determinação. E eu tive que ter muita determinação, abdiquei de muita coisa, de vaidades, mas eu tinha o objetivo de seguir em frente. Em momento algum eu abaixei a cabeça. Eu sempre pensava em realizar aquela atividade que era demandada pela equipe de coordenação e realizá-la da melhor forma possível. E eu consegui, com a graça de Deus, com a minha determinação e com a ajuda dos meus companheiros, pois a tropa de Choque é indivisível, ele é um corpo só. Se não tiver essa unidade, o Pelotão de Choque não consegue atuar”, afirmou Robercy.
Texto: Cabo Larissa
Fotos: Sargento F. Carvalho, Cabo Larissa e Jardenya Bezerra