Na última segunda (07), teve início a “Operação Prevenindo a Saúde”, uma iniciativa do Comando Geral e do Centro de Atendimento Integral à Saúde da PMPI – CAIS.
Esse trabalho faz parte do “CAIS Itinerante”, que tem visitado as unidades do interior do Estado e agora cumpre a etapa da capital, buscando atingir a maioria dos policiais da ativa. Para que todos os policiais das diversas Unidades Policiais Militares de Teresina possam participar, a programação será repetida durante o decorrer da semana, das 7h30 ao meio-dia, no auditório do Quartel do Comando Geral, encerrando na sexta (11).
Todos os dias, há uma palestra de abertura sobre o que é o CAIS e como ele funciona, apresentada pela Cabo Roseane, que é psicóloga e faz parte da equipe do Centro. Depois, vêm as palavras do Capelão da assistência religiosa, seguidas da palestra da enfermeira Dayne, também do CAIS, que fala sobre saúde física do homem e da mulher e sobre as doenças que mais acometem os profissionais da segurança, como hipertensão, diabetes, câncer de próstata, de mama e do colo do útero. Logo após, uma psicóloga fala um pouco sobre os transtornos mentais, como depressão e suicídio, para desmistificar esses temas.
Segundo a Cabo Rosene, há necessidade de divulgação do trabalho do CAIS dentro da própria corporação, já que muitos policiais desconhecem até mesmo a sua existência. “O CAIS é um Centro de Assistência que funciona no modelo de saúde mental, modelo de CAPS AD, voltado para o atendimento de álcool, drogas e outros transtornos, bem como a saúde como um todo. Nós organizamos essa semana para estar conscientizando nossos policiais, para estar orientando sobre como ele deve chegar ao CAIS, que os nossos serviços são voltados exatamente para a prevenção dos transtornos associados. Para isso, nós nos organizamos em turmas, pois nós sabemos das dificuldades que os batalhões têm de direcionar todo o seu efetivo de uma vez, por isso nós dividimos em 5 dias, cada dia nós teremos uma turma diferente de policiais”, completa.
Ao final, é feita a aferição de pressão arterial e verificação de glicemia dos policiais presentes, seguidas de um questionário e um teste de Escala de Vulnerabilidade de Estresse no Trabalho. Segundo a psicóloga Elvia Martins, da Secretaria de Segurança Pública, o objetivo da aplicação do teste e do questionário é fazer um levantamento da condição de qualidade de vida do profissional de segurança pública. “Esse trabalho que está sendo feito na Polícia Militar também está sendo feito na polícia Civil e no Corpo de Bombeiros Militar. Assim, a gente vai ter uma possibilidade concreta, com base nesses dados, de verificar como está a saúde desse profissional, como está a relação desse profissional com o seu trabalho, se ele se sente motivado ou desmotivado, verificar se tem mesmo a ideia do estresse comprovado, para separar o que é o estresse doença e o estresse natural, e o quanto isso incide na atuação dele. Uma coisa que é comum aos três, Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros Militar: é que você lida com segurança, com a expectativa do outro, com a sociedade, e a pressão é muito grande em cima disso. Pensando nessa perspectiva, até pra buscar e elaborar projetos, é preciso ter dados concretos".
Postagem e fotos: Cabo PM Larissa
DCOM