Para ministrar as instruções, foram convidados o Capitão Guilherme de Almeida Guedes e o 1° Sargento Marcelo Ferreira, ambos Caveiras do Batalhão Rondas Ostensivas “Tobias Aguiar” da Polícia Militar do Estado de São Paulo (ROTA/PMESP).

Segundo o Capitão Guilherme, dentre as Técnicas de Abordagem postas em prática, existem procedimentos desenvolvidos para cada tipo de situação. “A instrução inclui abordagem a indivíduos a pé, em veículos de quatro rodas, em motocicletas, veículos utilitários, coletivos. A ideia é difundir a metodologia adotada em São Paulo para a abordagem tanto de pessoas suspeitas como de pessoas infratoras. Temos a abordagem de um sujeito comum, por uma atitude suspeita, que será diferente daquela onde há fundada suspeita, em que foram repassadas informações por solicitante ou via rádio, com uma série de características de um crime que acabou de acontecer. Cada região do Brasil, assim como cada região do estado de São Paulo ou do estado do Piauí, existe uma especificidade e um tipo mais comum de crime, então os procedimentos são feitos de acordo com isso, ele é adaptado para cada situação”, concluiu o Capitão, enfatizando também que há uma prioridade de segurança durante o procedimento, onde o policial deverá, em primeiro lugar, procurar garantir a própria segurança e de sua equipe, para, a partir daí, proteger os cidadãos abordados e possíveis transeuntes.

De acordo com o 1° Sargento Marcelo Ferreira, para que as atividades de abordagem sejam realizadas de forma eficaz, é preciso seguir os procedimentos estabelecidos, que buscam diminuir as chances de falhas ou erros com base em estudos de casos reais. “Nós, na Polícia Militar do Estado de São Paulo, trabalhamos à luz do POP: Procedimento Operacional Padrão. O nosso POP de abordagem, principalmente da ROTA, é diferente, porque nós trabalhamos em quatro componentes na equipe, enquanto as demais tropas trabalham com três ou dois, além de pequenos detalhes, como o tipo de posicionamento, o tipo de varredura, nada muito diferente do que se faz Brasil a fora. Só que existem alguns pequenos detalhes que a gente leva muito a sério, principalmente na parte de segurança. Então, é por isso que dá certo lá, e a gente tenta passar os conhecimentos para as outras policias”, informa o Sargento.