Na manhã de hoje (27), no Hospital da Polícia Militar do Piauí – HPM, foi inaugurado o Centro de atendimento odontológico às pessoas com deficiência intelectual e autismo, com a presença do Governador do Estado Wellington Dias.

O Comandante Geral da PMPI, Coronel Carlos Augusto, durante o evento, ressaltou que a função primordial da Polícia Militar do Piauí é servir a população, e que as pessoas com deficiência também têm sido amparadas por projetos como a equoterapia, realizada nas Cavalarias da PMPI, além da parceria feita com a Associação dos Cegos, com a implantação de uma Força Tática anexada à sua sede, e agora com esse centro de atendimento odontológico no HPM. Isso mostra o compromisso que a Corporação tem para com toda a sociedade piauiense.

Para Mauro Eduardo, que está à frente da Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência – SEID, este é um divisor de águas na vida de pessoas com deficiência intelectual e autismo, pois não havia um serviço como esse no estado do Piauí que pudesse atender a essa demanda, sendo que, em todo o Brasil, só existe esse tipo de atendimento em duas cidades: Brasília e, partir de hoje, Teresina. “Nós sabemos que essas pessoas precisam de um tratamento diferenciado, precisam ser sedadas, muitas vezes tomar uma anestesia geral pra poder fazer esse tratamento, e aqui este centro está totalmente preparado para esse tipo de atendimento. O que nós queremos é isso: melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência do estado do Piauí”, concluiu o secretário.

Segundo o Coronel Adersino, Diretor Geral do HPM, o setor odontológico do hospital atende cerca de 2 mil pessoas por mês e, a partir de hoje, será acrescentado esse serviço de complexidade elevada. “Esse serviço que nós estamos implantando hoje aqui no HPM, em parceria com a CEIR, é um serviço pioneiro no estado e no Brasil, voltado para a pessoa com deficiência que não permitem receber um tratamento em uma cadeira de dentista, envolvendo profissionais com mais especialidades”. 

Os equipamentos adquiridos são adaptados para possibilitar o atendimento adequado de pacientes que não interagem, que não verbalizam, que de alguma forma não se comuniquem para o tratamento odontológico, como explica a Tenente-Coronel Amparo, Chefe do Setor Odontológico do HPM, “nós vamos atender aquele paciente que ninguém consegue atender. A figura principal é aquele paciente que não consegue compreender comandos como ‘abra a boca’, ‘não mexa’, que tenha deficiência cognitiva e precise ser sedado para que a gente possa trabalhar na cavidade oral”.

Texto: Cb Larissa

Fotos: Sgt F. Carvalho